Alguns podem pensar (ou talvez não) "como é a vida depois de ERASMUS?". A resposta provavelmente varia de pessoa para pessoa. A maioria volta para o seu país depois da sua experiência ERASMUS, outros tentam expandir as suas aventuras fora de portas ficando no seu país de acolhimento ERASMUS ou migrando para outras paisagens; alguns acabam as suas vidas académicas e começam as suas vidas profissionais, enquanto que mais uma vez a maioria continua o seu semestre seguinte como estudantes. Provavelmente nunca se ouve falar acerca de algumas pessoas que conhecemos, mas com a maioria dos amigos que fizemos, o contacto será diário, semanal, mensal, e por aí em diante.
Depois dos "espero ver-te em breves", grande parte dos ERASMUS marcam encontros um pouco por toda a Europa e mundo. Depois de algum tempo "na vida real", é possível ver como cada um se comporta fora daquele mundo único de ERASMUS, alguns como esperado, outros não tanto. Alguns de nós rapidamente seguem em frente após ERASMUS e guardam este período como uma memória distante que não faz parte das suas vidas presentes, enquanto outros sentem a sua falta diariamente sonhando que o tempo voltasse atrás até àquele dia em que se enfiaram num avião que os levaria à sua experiência mais inesquecível que os mudaria para sempre. Relembram-se esses dias, fazem-se brindes em memória desses e dos tempos actuais, falam-se acerca das novidades e conhecem-se as cidades e as casas dos nossos amigos. Conhecem-se os seus pais, amigos, a sua vida nos seus países. Tudo volta atrás no tempo, num cenário diferente, mesmo que só por um ou alguns escassos dias.
A vida continua, não para um, mas para todos. De maneiras diferentes, claro. Que aconteceu depois de ERASMUS? Seleccionem uma história e escolham o vosso destino. A Alice, o Luca Merolla (Liuke!) e a Agnieszka continuaram na Dinamarca, na Vitus Bering, agora mais integrados na vida académica Dinamarquesa que na vida ERASMUS propriamente dita; a aventura continua, mas de maneira diferente. O Friedl foi para a Irlanda, onde trabalhou durante alguns meses, estando agora de volta à Alemanha onde pretende trabalhar, assim como o Armin que arranjou uma nova casa e o seu primeiro emprego. O Luca Piccolo, a Meri, o Roman, os dois Micheles (o Michele "branco" ficou gravemente ferido durante uma visita a Horsens pós-ERASMUS, mas felizmente está recuperado), o Andrea, o Manel, a Patri, o Nacho, a Laura, o David (espanhol), a Aleksandra, a Chiara, a Zosia, o Marco, o Alberto, o Eneko, o Mitja, a Michalina voltaram para os seus países para acabar os seus cursos ("aqui é bom, mas não é a mesma coisa" - a maior parte deles dizem). A Marta Dorosz (Martusiu) e a Milena foram para França, para dar seguimento à sua vida académica em estilo, mas estão de volta à Polónia, com mais estudos para completar. O Sebastien está de volta a França, arranjou um emprego, continua a dar-lhe, embora a sua namorada tenha ido um semestre para o Canadá e o tenha obrigado a ir visitar o país e os EUA! A Rute e a Marisa voltaram para Portugal. O Pierre está no País de Gales a continuar os seus estudos (o tecto da sua casa na Martinica foi pelos ares com uma tempestade), mas infelizmente o tempo lá não é grande coisa e não dá para sentir o espírito ERASMUS. A Ania arranjou um emprego em Espanha mas após algumas semanas decidiu voltar para a Polónia. A Viktoria voltou para a Hungria. O Jerome arranjou emprego na Arábia Saudita. O Thomas e o Stefan estão de volta à Alemanha. A Sandra arranjou trabalho no seu país, a Eslovénia. A Myrto na Grécia, embora tenha bastantes saudades de Horsens. O George voltou para a Austrália, para onde os meus amigos Dinamarqueses Søren, Nicolai e Jonas pensam ir como estudantes de intercâmbio. O Marcos Hurtado - El Niño Melon - está empregado em Espanha, enquanto a sua namorada Helena continua na Polónia; visitam-se todos os meses, a solução temporária por enquanto. O Manuel e a Agne infelizmente não ficaram juntos, e o "tio" foi para os EUA, também para uma espécie de ERASMUS parte II, embora tenha ficado com saudades de Espanha (tal como qualquer espanhol) e tenha voltado para o seu país alguns meses depois. O Miquel e a Marta Zdrodowska vivem agora em Valência, onde ambos têm emprego. A Elena fez as malas de Itália e foi viver com o Ivan, que arranjou uma posição como vendedor internacional, permitindo-lhe viajar pelo mundo; arranjaram um belo apartamento em Valência onde vivem juntos. O David (húngaro) foi para França onde ficou com a Camille durante alguns meses enquanto procurava um emprego no país; infelizmente não foi bem sucedido e teve de voltar para a Hungria; melhores dias virão. O Fernando está de volta a Espanha, ainda com a Vica, que esteve em Horsens, mas continua noutro país. A Katalyn e o Uldis estavam também juntos há algumas semanas atrás. Pelo que sei, o Matthieu e a Julie voltaram para França, embora não o possa confirmar. Os Vitus Vikings, com novas caras, continuam a chutar umas bolas.
Eu? Arranjei uma namorada linda durante ERASMUS e passei um óptimo semestre com ela e com a minha família em Portugal. A Karolina veio para Aveiro como estudante "free mover" (semelhante a ERASMUS, mas por conta própria) para frequentar um semestre na UA, após o nosso ano na Dinamarca. Uma vez que Aveiro ainda fica a uma certa distância, só nos víamos aos fins-de-semana e esporadicamente durante a semana. Estive, até à última semana, em estágio numa empresa de desenvolvimento de software no Porto e, depois de apresentar o meu trabalho em meados de Abril na minha universidade, terminarei o meu Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação. A Karolina voltou para a Polónia para terminar os seus estudos e eu estou numa espécie de férias. Algumas semanas na Polónia estão confirmadas. Uma visita a Horsens, para reviver os bons tempos, está igualmente planeada. O que se segue? O tempo dirá. Entretanto, festas ERASMUS locais, vida ERASMUS local. Cada um o vive de forma diferente, cada um o desfruta igualmente de modo diferente, cada um teve o melhor ERASMUS possível. Eu certamente tive.
O ERASMUS mudou-nos a todos. É indiscutível. Alguns mais, outros menos. Sinto bastantes saudades desses tempos. Todos os pequenos pormenores. Os diferentes lugares, as festas, os amigos, as aulas, os cheiros, os jantares, a liberdade, a responsabilidade, ir às 7h da manhã para o trabalho enquanto nevava e voltar às 17h e ter os meus amigos à espera. Tudo. A vida continua, as pessoas dizem. Continua, com certeza...
Porto
Voltei para a minha cidade, minha casa, minha família, após o meu último dia em Horsens. Seria um semestre diferente de todos os outros. Estava de volta ao Porto não para estudar, mas para trabalhar, das 9h às 18h todos os dias, mas também com a Karolina por perto. A vida era diferente, de facto, e não particularmente fácil. Durante este tempo tive quatro encontros com amigos que fiz na Dinamarca. O primeiro em Novembro, quando o Roman, a Milena, a Martusiu e a Zosia vieram visitar-me e à Karolina. Nunca tinha tido quatro raparigas polacas a dormirem em minha casa, nem tanta gente internacional por estas andanças. Aveiro e Porto, foi o que estas meninas e menino ficaram a conhecer de Portugal durante a sua estadia de aproximadamente cinco dias. Espero que tenham gostado, pois tenciono recebê-los por cá novamente.
Bristol
Próxima paragem: cidade da chuva? Da primeira vez que lá estive, sem dúvida, e a segunda não foi excepção. Bristol foi excelente. Visita ao "mate" Flip, que está a viver nesta cidade inglesa, acompanhado pela Karolina e Friedl. Fui apresentado à minha nova paixão: sushi, finalmente. Continua a ser interessante verificar que as meninas inglesas, mesmo num dia de Outono frio e deveras ventoso, continuam a sair à noite de mini-saia/trapo a cobrir as ancas, de modo a que possíveis candidatos as possam aquecer numa fase posterior da noite, depois de uns copos bem tomados. Foi também a primeira vez que eu e o Friedl bebemos Guinness num copo de plástico...
Valência
Ainda em Novembro, este foi o encontro com mais gente. Espanhóis, italianos, polacos, um francês e um português (quem será?), todos reunidos à volta de duas mesas, cada uma com uma máquina de tirar finos self service. "Marabilha". Esta é a imagem que quero recordar deste encontro e aquela à que me vou agarrar. Os abraços, os sorrisos, os brindes e a satisfação em geral de estarmos reunidos em grupo após alguns meses separados daquele mundo que todos deixámos.
Paris
Ano Novo na cidade mais romântica do mundo, lá se diz. A comer "les crepes" e visitando os lugares que todos ouvimos falar. Um novo ano, novamente celebrado internacionalmente, numa cidade europeia, paixão incorporada.
É tudo por agora. Se tiverem planos de viagem, contactem-me.
Mantenho-vos actualizados com as últimas notícias.
Beijinhos e abraços de Portugal.
Life after ERASMUS
Hi everyone! It's been a while since I wrote something old-times-diary style, other than posting philosophical texts and melancholic videos. Today I'll let you know about my recent past, the present and a bit about the future.
Many might wonder (or not) "how's life after ERASMUS?". The answer surely would vary from person to person. The majority of people return to their home country after their ERASMUS experience, some others try to extend their out of borders adventure by staying in their ERASMUS country or moving into different landscapes; some finish their academic life and start their professional life, while once again the majority continues their following semester as students. You will probably never hear for the years to come about some of the people you met, but you will probably keep in touch with the majority of friends you made, everyday, weekly, monthly, and so on.
After the "hope to see you soon's", most of the ERASMUS meet randomly across Europe or the rest of the world. After some time "in the real life", you are able to see how people behave outside of the unique world of ERASMUS, some doing it as expected, others not quite so much. Some people quickly move on after ERASMUS and keep it as a distant memory which is not part of their present life, other miss it every single day wishing time would go back to that day, the single day when they got into that plane that would take them to the most amazing months they were about to experience and would change them forever. You remember old days, you make toasts in memory of those and the present times, you talk about what's going on and you see how your friends' cities and houses look like. You might meet their parents, their friends, their homeland life. Everything comes back in time, in a different scenario, even if for just one or a few days.
Life goes on, not for one, but for everyone. In different ways, that is. What happened after ERASMUS? Just pick a story and choose your destiny. Alice, Luca Merolla (Liuke!) and Agnieszka stayed in Denmark, in Vitus Bering, now more integrated in the Danish student life than in the ERASMUS life itself; still having the fun, but in a different way. Friedl went to Ireland, where he worked for some months, being now back in Germany where he intends to work, just like Armin which got a new house and his first job. Luca Piccolo, Meri, Roman, both Micheles (the "white" Michele had a serious injury during a visit to Horsens after ERASMUS, but fortunately he is now recovered - "ciao Bello!"), Andrea, Manel, Patri, Nacho, Laura, David (the Spanish one), Aleksandra, Chiara, Zosia, Marco, Alberto, Eneko, Mitja, Michalina went back to their home countries to finish their courses ("It's nice here, but it's not the same" - most of them say). Marta Dorosz (Martusiu) and Milena went to France, to proceed their academic life in style, but they are back in Poland now, more studying to do. Sebastien is back in France, got a job, still rocking, although his girlfriend went to Canada and made him visit this country and USA! Rute and Marisa are back in Portugal. Pierre is also continuing his student life in Wales (the roof of his house in Martinique flew over the Caribbean Sea after a storm), but unfortunately the weather is not so good and you can't really feel the ERASMUS spirit there. Ania found a job in Spain but decided to move back to her home country, Poland. Viktoria went back to Hungary. Jerome found a job in Saudi Arabia. Thomas and Stefan are back in Germany. Sandra got a job in Slovenia. Myrto in Greece, although she misses Horsens quite much. George went back to Australia, to where the Danish Søren, Nicolai and Jonas are thinking of going to study abroad. Marcos Hurtado - El Niño Melon - also got a job in Spain, while his girlfriend Helena is in Poland; they visit each other every month, the temporary solution for now. Manuel and Agne unfortunately didn't stay together, and the crazy tio went to the USA, also for some kind of ERASMUS part II, although he missed Spain (as any other Spanish) and came back home some months after. Miquel and Marta Zdrodowska moved to Valencia and both got a job. Elena packed her things from Italy and moved together with Ivan, who got a job as an international seller allowing him to travel the world; they got a nice flat in Valencia as well where they are living together. David (the one that licks the toad!) moved to France where he stayed with Camille for a few months while hoping to find a job there; unfortunately he was not successful and he had to come back to Hungary; better times will come, guys! Fernando is back in Spain, still together with Vica, who was in Horsens, but still in another country. Katalyn and Uldis were still together a few weeks ago. As far as I know, Matthieu and Julie went back to France, although I can't confirm it. The Vitus Vikings, with new faces, are still kicking some balls.
Me? Well, I got a beautiful girlfriend during ERASMUS and had a great semester with her and my family in Portugal. Karolina came as a free mover student to Aveiro, Portugal to spend the previous semester, the first one after our year in Denmark. Since Aveiro is located 70km from Porto, we could only see each other on weekends and sometimes during the week. I was, until last week, doing an internship in a software development company in Porto, and after presenting my work in April at my university, I will finish my Master degree in Informatics and Computing Engineering. Karolina is now back in Poland to finish her course and I am taking some kind of vacations. Some weeks in Poland are confirmed for now. A visit to Horsens, to relive old times, is also planned. What's next? Time will tell. Meanwhile, local ERASMUS parties, local ERASMUS life. Each live it differently, each enjoy it differently, each experienced the best ERASMUS they could have. I certainly did.
ERASMUS changed all of us. It's undeniable. Some more, some less. I do miss my ERASMUS times quite much. Every single thing about it. The places, the parties, the friends, the classes, the smells, the dinners, the freedom, the responsibility, going to work at 7h in morning while snowing and arriving home at 17h and having my friends there. Everything. Life goes on, people say. It goes, indeed...
Porto
I came back to my city, my house, my family, after my last day in Horsens. It would be a different semester than any other. I was back in Porto not to study, but to work, 9h-18h every working day, fortunately with Karolina next to me. Life was different, indeed, and not particularly easy. During this time I had four meetings with friends I met in Denmark. The first in November, when Roman, Milena, Martusiu and Zosia came to visit me and Karolina. Never I had four Polish girls sleeping at my house or so many people from another country here. Aveiro and Porto, that's what these three girls and one boy got to know from Portugal during their approx. five days stay. I hope you liked it, because I want to have you here again!
Bristol
Next stop: the city of rain? Well, the first time I was there it was and the second time was no exception. Bristol was great. Visiting my ol' friend Flip, who is living in this UK city and accompanied by Karolina and Friedl. I was introduced to my new love: sushi, at last. It is still good to notice that even in Autumn, in a friggin' cold day, with wind and rain the English girls like to go out in mini skirt/cloth, so that possible candidates can warm them properly at a later stage of the night, after a considerable amount of alcohol. It was also the first time me and Friedl drunk Guinness from a plastic cup... Grant!
Valencia
Still in November, this was the meeting with the most people. Spanish, Italian, Polish, a Franxute and a Portuguese (guess who?), everyone gathered around two tables, each with a self service beer machine. This is the picture I remember and the one I definitely want to keep. The hugs, the hurrays, the toasts and the overall joy of being reunited as a group after some months apart from the world we had all left.
Paris
New Year's at the most romantic city of the world, they say. Eating "les crepes" and visiting the places we always have heard about. A new year, once again celebrated internationally, in an European city, love incorporated.
That's all for now. Any travel plans, message me.
I will keep you posted with the latest news.
Love from Portugal.